31 - A Escolha Vital

“E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho.” 1 João 5:11

Na maior parte do tempo, as pessoas focam sua existência somente nesta vida, preenchendo-a com projetos pessoais que giram em torno de algumas poucas áreas de interesse comum a todo ser humano, tais como: estudo, trabalho, relacionamento etc. Todavia, a idéia de continuidade da existência sempre foi um denominador comum na mente humana. As manifestações culturais de todos os povos, em todas as épocas, demonstram ainda a curiosa percepção de que passariam mais tempo mortos do que vivos. Os egípcios, por exemplo, abasteciam as tumbas com bens para suprir seus faraós na jornada após a morte, porém sabemos que todos estes tesouros foram roubados ao longo dos séculos.

Diante disso podemos tirar duas conclusões, a primeira é que as Escrituras Sagradas nos revelam que foi o próprio Deus quem colocou a idéia da eternidade na mente humana: “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim.” Eclesiastes 3:11, mas também nos adverte de que nada deste mundo conseguiremos levar para lá, conforme declara a poesia hebraica: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei;” Jó 1:21. No capítulo quatro de sua carta, Tiago ainda nos recorda que nossa jornada por aqui não é longa: “Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa.” Tiago 4:14

A vida não é somente aqui e agora, e a morte não é o fim. Há mais na vida do que o presente, ela continuará por toda a eternidade. Quando nos conscientizamos disso começamos a agir de outra forma, desafiados a reorganizar a nossa escala de valores e passar a viver à luz da perspectiva da existência eterna.

A questão vital, porém reside no fato de que o mundo nos oferece incontáveis formas e possibilidades para se viver, já a Eternidade propõe somente duas opções: viver com Deus (nos céus) ou separado dEle (no inferno). Todavia, a vontade de Deus é que todos entrem na vida eterna pelo caminho que é Cristo, como Ele mesmo afirma: “De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho(Jesus) e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. João 6:40.

30 - Andar pela Fé


Geralmente quando as coisas não acontecem da forma como esperávamos, ficamos desanimados, decepcionados e sentindo que Deus está distante ou que não se importa. O sentimento que surge quando uma expectativa é frustrada pelos acontecimentos, ao menos no momento, permitem que os fatos se tornem maiores que a esperança.

A Bíblia apresenta uma situação semelhante no capítulo vinte e quatro do evangelho segundo Lucas, quando dois discípulos de Jesus estavam a caminho de uma aldeia chamada Emaús. Eles seguiam tristes e comentando os fatos dos últimos dias: Cristo havia sido crucificado. Porém, algumas mulheres e certos discípulos garantiam que Ele lhes havia aparecido em corpo glorificado. Todavia, o pensamento que dominava ambos era a frustração pela morte de seu Mestre, pois esperavam um Messias político que libertasse Israel do Império Romano.

O foco estava tão preso a esta expectativa, que para eles havia se frustrado, que não perceberam que o homem que deles se aproximara era o próprio Filho de Deus, pois em sua visão limitada dos acontecimentos, aquela pessoa poderia ser qualquer um, menos Jesus. Os fatos lhes cegaram a visão da fé, fazendo com que se esquecessem das promessas, dos profetas, das experiências com o próprio Cristo e do testemunho dos apóstolos. Estavam caminhando com o próprio Senhor Jesus, mas não perceberam.

Reagiam somente às circunstâncias, limitados pelas possibilidades humanas, andando somente pelo que podiam ver, sem considerar a perspectiva espiritual, andavam por vista e não pela fé, porém o Mestre os desafia a pensar de outra forma: “E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras.” Lucas 24:27

Deus nos deixou suas promessas registradas nas Escrituras Sagradas e seu Espírito nos recorda as vitórias e livramentos, experimentados no passado, para fortalecer a nossa fé. Todavia, se na hora da adversidade, focarmos a visão somente nos fatos, estaremos seguindo apenas a emoção do momento, ignorando as possibilidades da fé. O apostolo Paulo já havia advertido os cristão da cidade de Corinto sobre o mesmo tema: Porque vivemos pela fé e não pelo que vemos.” 2 Coríntios 5:7

A coragem para o exercício da fé está relacionada ao passo seguinte, que damos após nos defrontarmos com as adversidades, e especialmente quando aprendemos a confiar mais em Deus e menos nos sentimentos humanos, então perceberemos que nunca estivemos sós. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia.”  2 Coríntios 4:16

29 - A PÁSCOA.


“E a páscoa, a festa dos judeus, estava próxima.” João 6:4

 A nossa fé é de origem judaico-cristã, expressão que compõe as duas fases do mesmo plano de Deus para a salvação da humanidade. 

        A celebração da páscoa foi instituída pelo próprio Deus, a mais de 3500 anos, em memória da libertação do povo de Israel dos 400 anos de escravidão no Egito. 

 “No mês primeiro, aos catorze do mês, pela tarde, é a páscoa do SENHOR.” Levítico 23:5 

      A palavra “PÁSCOA” vem do termo hebraico “PESSACH” (פסח) e significa “passagem” (passar por cima, passar sobre). E significa a passagem da morte para a vida.