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54 - A celebração da páscoa

  Em meio a uma situação adversa, de crise mundial, paralisação, pessoas em  casa somente com seus núcleos familiares, até a "corrida" pelo ovo de chocolate perdeu o vigor.... Será que haverá entusiasmo para comemorar a páscoa?

     Aliás, o que é mesmo que se comemora na páscoa?
Toda data comemorativa tem por finalidade nos conduzir à uma reflexão de seu significado, ou seja, parar para refletir, é a maior finalidade de qualquer data comemorativa.

     Há cerca de dois mil anos, Jesus também interrompeu os afazeres do seu ministério, parou para “celebrar a páscoa” (comemorar) em um grande salão conhecido naquela época como "cenáculo". Esta narrativa é encontrada no evangelho segundo Lucas, no capítulo 22.

       No cenáculo, os discípulos de Jesus participaram da última ceia juntos, ouvindo os últimos ensinamentos do Mestre. Ali Cristo partiu o pão e distribuiu os cálices, como sinal (símbolo) de tudo que haveria de acontecer depois daqueles momentos. 

No entanto, não adiantaria Jesus partir o pão se os discípulos não comessemou distribuir os cálices se eles não bebessem, e no sentido mais profundo da mensagem, não adiantaria o sacrifício de Cristo, sua morte em favor da humanidade, se esta humanidade não se tornar participante deste sacrifício, ou seja, se não receber este sacrifício e o aceitar para si.

     Na instituição original da páscoa, descrita nas Sagradas Escrituras (Livro de Êxodo capítulo 12), cada indivíduo deveria tomar para si, ou seja, em seu lugar, um cordeiro para ser o seu substituto diante do iminente juízo divino. Vejam que era pessoal, uma decisão particular com implicações eternas
Entenda mais sobre a páscoa em: http://joseluispalmeira.blogspot.com.br/2010/04/29-pascoa.html

      No cenáculo Jesus disse a frase universal, de advertência e convite, para tomar parte com ele à mesa, receber seu sacrifício, aceitar esta substituição, aceitar o perdão dos pecados e a vida eterna que n’Ele se encontram.

       É isso que paramos para comemorar na páscoa: o fato de que, pela graça, fomos feitos participantes não somente de sua morte, mas também da sua ressurreição, como ensina o apóstolo Paulo em sua carta aos cristãos de Roma: Se dessa forma fomos unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição.” Romanos 6:5
      
    Portanto, não permita que nada nem ninguém roubem o verdadeiro significado da sua páscoa.

29 - A PÁSCOA.


“E a páscoa, a festa dos judeus, estava próxima.” João 6:4

 A nossa fé é de origem judaico-cristã, expressão que compõe as duas fases do mesmo plano de Deus para a salvação da humanidade. 

        A celebração da páscoa foi instituída pelo próprio Deus, a mais de 3500 anos, em memória da libertação do povo de Israel dos 400 anos de escravidão no Egito. 

 “No mês primeiro, aos catorze do mês, pela tarde, é a páscoa do SENHOR.” Levítico 23:5 

      A palavra “PÁSCOA” vem do termo hebraico “PESSACH” (פסח) e significa “passagem” (passar por cima, passar sobre). E significa a passagem da morte para a vida.

27 – A Cruz de Cristo

A Cruz é hoje a marca do cristão, todavia não foi assim desde o começo. Nos primeiros séculos da era cristã, os seguidores de Jesus usaram o “peixe” tanto no sentido de marca visual como também no sentido codificado.
O cruzamento das duas linhas em formato de meia-lua invertidas,  formando um peixe, marcavam a identificação visual, enquanto a palavra  “ICTUS” (ΙΧΘΥΣ) que acompanhava este símbolo, era termo que no grego antigo significava “peixe”, esta palavra ainda era o acróstico (formas textuais onde a primeira letra de cada palavra forma uma palavra ou frase) de “Iēsous Christos Theou Huios Sōtēr” (Ιησος Χριστς ΘεοΥἱὸς Σωτήρ) - “Jesus Cristo Filho de Deus Salvador”.

A expressão certamente protegia a integridade dos cristãos que enfrentaram dois séculos de cruenta perseguição por parte do Império Romano. Todavia, foi a Cruz que se tornou o símbolo universal do cristianismo, por conter significados teológicos mais profundos do que qualquer outro símbolo.

A Cruz simboliza o eixo entre os céus e a terra, entre Deus e os homens, mas não é só, pois também revela o que Deus fez em favor da humanidade por meio da morte de Cristo. Cerca de 700 anos antes da crucificação, o profeta Isaías deixa registrado: “Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.” Isaías 53:5,6

Lutero, por volta do ano 1.520 em Heidelberg na Alemanha, destaca ainda que na cruz de Cristo Deus destrói o orgulho humano, daqueles que pretendem ir a Ele por seus próprios méritos, pois a cruz é o retrato da humanidade caída, lembrando-nos constantemente que foi a nossa fraqueza, pecado e vergonha que Jesus carregou sobre si quando subiu na cruz do calvário. Mas a cruz também revela o amor de Deus por cada um de nós, como escreveu o apóstolo Paulo aos cristãos de Roma: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”. Romanos 5:8
“E, (Jesus) achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” Filipenses 2:8

Na cruz vemos o nosso pecado sendo pago por Cristo, que deu sua vida por nós, morreu a morte que deveríamos morrer para nos reconciliar com o Pai, por isso ela, como símbolo do cristianismo, recorda não somente quem somos, mas revela o amor e o caráter do Deus redentor.

“Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito,”
1 Pedro 3:18

19 - O Tempo de Deus.

Vivemos numa época em que tudo precisa ser rápido. Não há muito tempo para comer, se deslocar, até mesmo para conversar. Os resultados precisam ser instantâneos e as respostas prontas. Este modo de pensar e viver nos deixa impacientes e imediatistas, transferindo também esta expectativa para nosso relacionamento com Deus. Ao orarmos queremos respostas imediatas, queremos apertar os botões que liberam as bênçãos do Senhor, como um saque no caixa eletrônico.

      Todavia, precisamos aprender que o tempo de Deus não é o nosso tempo e seus pensamentos são mais elevados que os nossos, e sua visão vai muito além da nossa capacidade. No livro do profeta Isaías Deus esclarece ao povo dizendo: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o SENHOR.” Isaías 55:8. E assim, viver como Moisés em seu salmo orando ao Criador: "Ensina-nos a contar nossos dias e usar nosso pouco tempo para conseguirmos a Tua sabedoria" Salmos 90:12

      Os gregos antigos tinham duas palavras para tempo, Chronos (Χρόνος) e Kairós (καιρός). Enquanto Chronos refere-se ao tempo seqüencial, cronológico, que pode ser medido, Kairós refere-se a um momento indeterminado no tempo em que algo especial acontece. Chronos é o tempo humano percebido pela passagem dos anos, meses, dias, horas e suas subdivisões. Kairós, em teologia, é considerado o tempo de Deus, que não pode ser medido, conforme ressalta o apóstolo Pedro em sua segunda carta aos cristãos do primeiro século: “Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia.” 2 Pedro 3:8

        Por vezes persistimos em oração, por um período de tempo (um dia; uma semana; um ano), até recebermos uma resposta de Deus. Para nós passou o “Chronos”, mas para Deus o “Kairós”, era o momento certo para acontecer.


      Se você está orando por algo e acha que está demorando, lembre-se que Deus está no controle, e no momento certo te responderá. Até lá, espere com fé e paciência, como fez o Salmista em sua aflição: “Esperei com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor.” Salmo 40:1