Mostrando postagens com marcador Jesus. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Jesus. Mostrar todas as postagens

49 - O Shemá

O “Shemá” (שמע) é a forma hebraica do termo “ouve”, que é a primeira palavra, do quarto versículo, do sexto capítulo, do livro sagrado de Deuteronômio, que diz assim: “Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR” Dt 6:4. Segundo a tradição judaica, o “shemá” consistia apenas no versículo 4, porém mais tarde, foi ampliado para incluir os versículos 5 a 9 do mesmo capítulo, os versículos 13 a 21 do capítulo 11 e também os versos 37 a 41 do capítulo 15 do livro de Números, compondo o seguinte:

Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder. E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por testeiras entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas. E será que, se diligentemente obedecerdes a meus mandamentos que hoje te ordeno, de amar o SENHOR, teu Deus, e de o servir de todo o teu coração e de toda a tua alma, então, darei a chuva da vossa terra a seu tempo, a temporã e a serôdia, para que recolhas o teu cereal, e o teu mosto, e o teu azeite. E darei erva no teu campo aos teus gados, e comerás e fartar-te-ás. Guardai-vos, que o vosso coração não se engane, e vos desvieis, e sirvais a outros deuses, e vos inclineis perante eles; e a ira do SENHOR se acenda contra vós, e feche ele os céus, e não haja água, e a terra não dê a sua novidade, e cedo pereçais da boa terra que o SENHOR vos dá. Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma, e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por testeiras entre os vossos olhos, e ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te; e escreve-as nos umbrais de tua casa e nas tuas portas, para que se multipliquem os vossos dias e os dias de vossos filhos na terra que o SENHOR jurou a vossos pais dar-lhes, como os dias dos céus sobre a terra.
E falou o SENHOR a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes que nas bordas das suas vestes façam franjas, pelas suas gerações; e nas franjas das bordas porão um cordão azul. E nas franjas vos estará, para que o vejais, e vos lembreis de todos os mandamentos do SENHOR, e os façais; e não seguireis após o vosso coração, nem após os vossos olhos, após os quais andais adulterando. Para que vos lembreis de todos os meus mandamentos, e os façais, e santos sejais a vosso Deus. Eu sou o SENHOR, vosso Deus, que vos tirei da terra do Egito, para vos ser por Deus; eu sou o SENHOR, vosso Deus.

O compromisso de amor incondicional a Deus, abrangendo a totalidade de nosso ser, descrito no “shemá hebraico, foi com certeza memorizado e repetido pelo Senhor Jesus, na infância, em suas orações diárias e reafirmado em seus ensinamentos registrados nos evangelhos de Lucas (10:27); Mateus 22:37 e em Marcos: “E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.” Mc 12:29,30

     A declaração nos recorda que a partir do momento em que tomamos consciência da existência de Deus, somos levados a reconhecer que não dá para viver de qualquer jeito, guiados pelas nossas vistas ou por nossa própria vontade, porque não existimos para nós mesmos.

     Portanto, o texto ampliado do “shemá” lembra a todo aquele que, pela fé no Senhor Jesus, recebeu as “roupas novas” da salvação, não poderá viver da forma de seu antigo proceder “Nós nos alegraremos e cantaremos um hino de louvor por causa daquilo que o SENHOR, nosso Deus, fez. Ele nos vestiu com a roupa da salvação e com a capa da vitória. Somos como um noivo que põe um turbante de festa na cabeça, como uma noiva enfeitada com jóias” Isaías 61:10 (BLH)

27 – A Cruz de Cristo

A Cruz é hoje a marca do cristão, todavia não foi assim desde o começo. Nos primeiros séculos da era cristã, os seguidores de Jesus usaram o “peixe” tanto no sentido de marca visual como também no sentido codificado.
O cruzamento das duas linhas em formato de meia-lua invertidas,  formando um peixe, marcavam a identificação visual, enquanto a palavra  “ICTUS” (ΙΧΘΥΣ) que acompanhava este símbolo, era termo que no grego antigo significava “peixe”, esta palavra ainda era o acróstico (formas textuais onde a primeira letra de cada palavra forma uma palavra ou frase) de “Iēsous Christos Theou Huios Sōtēr” (Ιησος Χριστς ΘεοΥἱὸς Σωτήρ) - “Jesus Cristo Filho de Deus Salvador”.

A expressão certamente protegia a integridade dos cristãos que enfrentaram dois séculos de cruenta perseguição por parte do Império Romano. Todavia, foi a Cruz que se tornou o símbolo universal do cristianismo, por conter significados teológicos mais profundos do que qualquer outro símbolo.

A Cruz simboliza o eixo entre os céus e a terra, entre Deus e os homens, mas não é só, pois também revela o que Deus fez em favor da humanidade por meio da morte de Cristo. Cerca de 700 anos antes da crucificação, o profeta Isaías deixa registrado: “Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.” Isaías 53:5,6

Lutero, por volta do ano 1.520 em Heidelberg na Alemanha, destaca ainda que na cruz de Cristo Deus destrói o orgulho humano, daqueles que pretendem ir a Ele por seus próprios méritos, pois a cruz é o retrato da humanidade caída, lembrando-nos constantemente que foi a nossa fraqueza, pecado e vergonha que Jesus carregou sobre si quando subiu na cruz do calvário. Mas a cruz também revela o amor de Deus por cada um de nós, como escreveu o apóstolo Paulo aos cristãos de Roma: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”. Romanos 5:8
“E, (Jesus) achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” Filipenses 2:8

Na cruz vemos o nosso pecado sendo pago por Cristo, que deu sua vida por nós, morreu a morte que deveríamos morrer para nos reconciliar com o Pai, por isso ela, como símbolo do cristianismo, recorda não somente quem somos, mas revela o amor e o caráter do Deus redentor.

“Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito,”
1 Pedro 3:18

16 - Gente comum?!

          
         Com o passar do tempo nos acostumamos a ver as pessoas caminhando pelas ruas, tristes ou felizes; tanto faz. Paradas em filas;  em restaurantes ou até pedindo esmolas; puxando carrinhos cheios de papelão; enfiando a mão em lixeiras à procura de latas; em lojas, padarias, feiras e até caídas nas calçadas, e não lhes damos a devida atenção porque tudo passou a ser comum, porém, o escritor irlandês C. S. Lewis (1898-1963) escreveu: " Não existe gente comum. Você jamais se dirigiu a um simples mortal. As Nações, culturas, artes, civilizações são todas mortais. Mas são imortais aqueles com quem brincamos, trabalhamos, casamos, exploramos e para quem empinamos o nariz...”

         Conta-se a história de um pintor de quadros, que ao caminhar pelos becos pediu a um mendigo que lhe servisse de modelo para um de seus quadros. Após posar para a tela, o homem foi convidado a visitar o atelier para ver a obra acabada. Passado uma semana foi até a oficina do artista, que lhe mostrou uma tela ostentando a figura de um homem de barba feita, cabelos cortados, roupas novas e limpas, enfim alguém de excelente aparência. Transtornado, o mendigo perguntou onde estava o retrato que fizera dele, porém o pintor disse que era aquele quadro mesmo, pois era assim que ele o via, como alguém que tem valor como pessoa.

          Da mesma forma Deus quando olha para o ser humano não se detém em sua aparência, classe social, raça, inteligência, cultura ou naquilo que a pessoa pode ou não fazer, pois Ele não se impressiona e nem se surpreende, simplesmente ama. Deus vê cada pessoa como algo único e precioso. “...porque Deus não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém Deus olha para o coração. ”1 Samuel 17:7b

           Todos são igualmente preciosos para Deus! Experimente olhar para as pessoas por esta nova perspectiva...

         O Senhor Jesus ainda reconhecendo a imortalidade de cada alma não quer perder nenhuma, como bem esclarece no desfecho da parábola da ovelha perdida, narrada pelo evangelista Mateus: “Assim, também, não é vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca.” Mateus18:14

          Mesmo que uma pessoa acabe passando despercebida aos olhos deste mundo, nunca o será diante de Deus, porque “Foi assim que Deus mostrou seu amor por nós: Ele mandou seu único filho (Jesus) ao mundo para que pudéssemos ter vida por meio dele.” 1 João 4:9. Assim, entregue a sua vida ao Senhor Jesus e viva como alguém único e muito especial para Deus, que é o que você é.

11 - A tempestade de cada um.

      Acredito que todo mundo já passou por alguma situação extremamente difícil, para a qual não havia se preparado. O problema chegou sem que se esperasse, surpreendendo pela intensidade, tamanho e gravidade, ou seja, tudo ia bem e de repente a tempestade se forma e agita a vida como um pequeno barco surrado por violentas ondas.

     A Bíblia narra uma situação semelhante, no livro de Marcos no capítulo 4:35-41, onde o Senhor Jesus e seus discípulos resolvem atravessar o Mar da Galiléia, que é do tamanho de um lago, sereno e tranqüilo, mas que recebe ventos que o torna traiçoeiro e inseguro.

     Ao cair da noite entraram nas embarcações e iniciaram a travessia, quando de repente levantou-se um forte vendaval, formando uma terrível tempestade, e as ondas se lançavam contra o barco de forma que este foi se enchendo de água. Jesus, porém estava na popa dormindo com a cabeça sobre um travesseiro.

     A bíblia não relata com detalhes, mas os discípulos, homens experimentados no mar, já deviam ter tentado de tudo para reagir àquela tempestade. E, achando que o Senhor Jesus deveria ao menos participar daquele momento de aflição, o acordaram dizendo: Mestre não te importa que morramos? O tom da pergunta demonstra que, provavelmente, eles já estavam cansados de tentar sozinhos, confiados em suas próprias habilidades, ao ponto de pensar que Jesus não se importava com a situação. Todavia, quando pediram ajuda ao Mestre receberam o que precisavam, pois a narrativa bíblica diz que à ordem de Jesus “o vento se aquietou e fez-se grande bonança.”

     O mesmo acontece conosco, pois ha dias em nossas vidas que começam calmos e de repente nos encontramos em meio a uma grande tormenta; assustados, tentamos reagir por nossas próprias forças, recursos e habilidades, porém a nossa primeira atitude deveria ser a busca de ajuda em Jesus.

     Os discípulos estavam em meio a uma tempestade, todavia, naquele momento, estavam no lugar mais seguro do mundo, ou seja, ao lado do Senhor Jesus.

     Portanto, quando a tempestade se levantar, repentinamente, não tenha medo! Lembre-se que o Senhor Jesus está com você, “no mesmo barco”, ele se importa com seus problemas. Clame imediatamente por socorro e Ele te ajudará.

“Porque fostes (Deus) a fortaleza do necessitado na angústia, refúgio contra a tempestade...” Isaías 25:4

Disse Jesus:“No mundo tereis aflições, mas tendes bom ânimo, eu venci o mundo.”
João 16:33

2 - A água que afunda o barco.

         Em nosso dia a dia, quer estejamos conscientes disso ou não, enchemos a nossa mente com coisas boas ou más, que uma vez dentro de nós influenciarão as nossas ações, que por consequência nos aproximarão ou nos afastarão de Deus.

A nossa atitude exterior é fruto daquilo que está dentro de nós. Por isso, Salomão faz este destaque: “Sobre tudo que se deve guardar guarda teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.” Provérbios 4:23

              “Conta-se que um barqueiro, experimentado, levava um executivo em um passeio marítimo quando foram surpreendidos por uma tempestade, as ondas chegavam a quase quatro metros de altura agitando o barco de um lado para o outro. O barco vai afundar! Exclamou o executivo clamando por alguma atitude do marinheiro. Este que vinha em sua direção compensando “no joelho” os desníveis do barco reponde com uma calma intrigante: “Não se preocupe! Toda esta água lá fora não tem poder para  afundar o barco, a única água capaz de afundar o barco é a que conseguir entrar nele.”

           Assim concluímos que para o barco não afundar é preciso duas atitudes vitais: a primeira é impedir que água entre e a segunda é jogar fora a água que entrou. Esta é uma grande verdade e por isso vemos que uma das funções dos marinheiros de qualquer embarcação é lançar fora a água que entra.

              O mesmo se aplica à nossa vida espiritual. Rodeados pelo “mar agitado” dos valores do mundo somos continuamente “bombardeados” com toda sorte de situações que nos afastam de Deus, nos enchem com pecados que nos levariam a afundar.

              Portanto, devemos guardar nossos corações e mentes impedindo que os pecados se instalem em nossas vidas. Portanto, 
tome muito cuidado com o que está assistindo na televisão, o que está lendo, o que está vendo na internet, o que está ouvindo e ganhando sua atenção...

Mantenha a água fora do seu barco, ou seja, mantenha o pecado longe da sua vida.

           A segunda atitude vital é jogar fora a água que entrou, ou seja, não conviva com o pecado. O apóstolo João escrevendo aos cristãos do primeiro século (ano 96 a.d.) nos lembra que o pecado está em nós: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.” I João 1:8

          Mas na seqüência o mesmo Apóstolo apresenta a solução que é: “Se confessarmos nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” I João 1:9

           Ele está dizendo para não perdemos um minuto convivendo com o pecado, mas imediatamente nos livrarmos dele através do perdão do Senhor Jesus, que ainda nos purifica da injustiça.

           Se deixarmos o pecado lá em nosso interior, virão outros e outros até nem percebermos mais a sua presença maligna e ficarmos cada vez mais próximos de um naufrágio espiritual.

           Assim o desafio é: não deixa a “água do pecado” entrar no “barco da sua vida”, e quando isto acontecer jogue fora, imediatamente, buscando o perdão do Senhor Jesus. Examine-se pelo menos uma vez ao dia, à noite antes de dormir e peça perdão dos seus pecados.