Como inspiração de Deus nas Escrituras Sagradas, o Livro de Salmos merece um destaque especial pela beleza e profundidade de seu conteúdo. O título é derivado do termo grego “PSALMOI” que significa “poemas cantados com instrumentos musicais”, no hebraico é chamado de “Sefer Tehillim” ou livro dos louvores.
A relevância da poesia hebraica não se restringe à perfeição harmônica de seu ritmo, nem tão pouco à sofisticação de seus paralelismos, mas, sobretudo, alcança seu apogeu no pragmatismo com que trata as situações do cotidiano, cobrindo a gama completa das emoções e experiências humanas em seu relacionamento com o Criador. Os antigos rabinos diziam que nos Salmos poderíamos encontrar a causa e a cura para todos os problemas.
Estes poemas musicais eram utilizados quando os Hebreus se reuniam para adorar a Deus, pois neles, o Criador revela sua pessoa, história e planos, bem como a grandeza e bondade com que trata a fragilidade e pequenez humana, quando diz suavemente: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus;” Salmo 46:10a
Nos momentos em que a alma se aflige, a maior batalha espiritual do cristão é contra a sua própria incredulidade, e o primeiro golpe do inimigo é contra a nossa fé em Cristo. Assim, nossa luta diária consiste em manter esta fé viva e crescente. E, neste aspecto, as Escrituras Sagradas, especialmente o livro de Salmos, revelam a grandiosidade do amor de Deus, proporcionando experiências verdadeiras que alimentam a fé. E assim poderemos orar como o salmista: “Quando a ansiedade já me dominava no íntimo, o teu consolo trouxe alívio à minha alma; Guarda a minha alma e livra-me; não me deixes confundido, porquanto confio em ti; Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova dentro de mim um espírito estável.” Salmo 94:19; 25:20; 51:10