Ao ensinar que a prática da vida cristã poderia ser
resumida no seguinte pensamento: “Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração,
de toda a tua alma, de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento; e
amarás o teu próximo como a ti mesmo” Lucas 10:25 a 34, um certo homem
perguntou ao Senhor Jesus: E, QUEM É MEU PRÓXIMO?
Por certo, o homem intentava colocá-lo à prova, porém
Jesus lhe respondeu contando uma história que ficou conhecida como a parábola
do “Bom Samaritano”, narrada pelo Evangelista Lucas, no texto bíblico logo em
sequencia.
Esta passagem conta a
história de três homens que no desenrolar de seu cotidiano, passaram por uma
pessoa ferida à beira da estrada, porém apenas um deles usou de misericórdia
para com o necessitado.
Para o mesmo
questionamento hoje, tendemos a classificar os mendigos, doentes, pobres,
desvalidos e pessoas afins como os únicos necessitados à beira do caminho que
serão objeto de nosso auxílio. Todavia, há um ensinamento mais profundo nesta
parábola que nos leva a uma consciência madura sobre quem seja nosso próximo.
Em meio à narrativa o
Senhor Jesus não se limita a listar para aquele homem quem seriam seus
próximos, mas substitui a questão por uma consciência mais abrangente, ou seja,
de que o nosso próximo é quem for
encontrado ferido pelo caminho, no dia a dia.
Assim, todos os dias
quando acordamos ainda não sabemos quem será o nosso próximo naquele dia, ou
seja, quem aparecerá ferido ao longo do nosso cotidiano precisando de ajuda,
carecendo de um sorriso, de atenção, de uma palavra amiga, de encorajamento, de
apoio, de um almoço, de uma roupa, de alguém que lhe enxugue as lágrimas, de
uma orientação, de um abraço, de companhia, de cura para a sua ferida etc.
Não esquecendo que
aqueles que já estão ligados à nossa vida pelos laços do parentesco e da
amizade representam, de imediato, o nosso próximo, ou seja, aqueles a quem Deus
já colocou em nosso caminho confiando-os aos nossos cuidados.
O teólogo
contemporâneo, Dallas Willard, afirma que “Fazemos
de alguém nosso próximo quando cuidamos dele”.
Devemos então ficar atentos às necessidades daqueles
que nos rodeiam e dos que eventualmente Deus colocar no meio do nosso caminho
no decorrer do dia, pois este será nosso próximo.