17 - Vencendo a insatisfação.

     
      Nos dias atuais a semente da insatisfação é lançada diariamente no campo fértil do coração das pessoas, levando-as a pensar que a felicidade está, dentre outras coisas, no tamanho da casa, no estilo do carro, na grife da roupa, nos títulos acadêmicos, no status pessoal etc. Todavia, para aqueles que trilham por este caminho, a felicidade faz para si asas alçando vôo para lugares cada vez mais altos. A estratégia mais utilizada, pelo inimigo de nossas almas, é a de semear a insatisfação com o que se tem; com o que se é; com os relacionamentos e com a vida. Quem vive insatisfeito deixa de aproveitar o momento e aquilo que está disponível hoje para o seu deleite e satisfação.

     Charles Haddon Spurgeon (1834-1892) escreveu: "Não é quanto temos, mas o quanto nos deleitamos que produz felicidade”.

    O afastamento de Deus conduz o ser humano a uma perigosa inversão de valores onde o “ter” ficou mais importante que o “ser”. “Então, Jesus lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer ganância; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui.” Lucas 12:15

16 - Gente comum?!

          
         Com o passar do tempo nos acostumamos a ver as pessoas caminhando pelas ruas, tristes ou felizes; tanto faz. Paradas em filas;  em restaurantes ou até pedindo esmolas; puxando carrinhos cheios de papelão; enfiando a mão em lixeiras à procura de latas; em lojas, padarias, feiras e até caídas nas calçadas, e não lhes damos a devida atenção porque tudo passou a ser comum, porém, o escritor irlandês C. S. Lewis (1898-1963) escreveu: " Não existe gente comum. Você jamais se dirigiu a um simples mortal. As Nações, culturas, artes, civilizações são todas mortais. Mas são imortais aqueles com quem brincamos, trabalhamos, casamos, exploramos e para quem empinamos o nariz...”

         Conta-se a história de um pintor de quadros, que ao caminhar pelos becos pediu a um mendigo que lhe servisse de modelo para um de seus quadros. Após posar para a tela, o homem foi convidado a visitar o atelier para ver a obra acabada. Passado uma semana foi até a oficina do artista, que lhe mostrou uma tela ostentando a figura de um homem de barba feita, cabelos cortados, roupas novas e limpas, enfim alguém de excelente aparência. Transtornado, o mendigo perguntou onde estava o retrato que fizera dele, porém o pintor disse que era aquele quadro mesmo, pois era assim que ele o via, como alguém que tem valor como pessoa.

          Da mesma forma Deus quando olha para o ser humano não se detém em sua aparência, classe social, raça, inteligência, cultura ou naquilo que a pessoa pode ou não fazer, pois Ele não se impressiona e nem se surpreende, simplesmente ama. Deus vê cada pessoa como algo único e precioso. “...porque Deus não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém Deus olha para o coração. ”1 Samuel 17:7b

           Todos são igualmente preciosos para Deus! Experimente olhar para as pessoas por esta nova perspectiva...

         O Senhor Jesus ainda reconhecendo a imortalidade de cada alma não quer perder nenhuma, como bem esclarece no desfecho da parábola da ovelha perdida, narrada pelo evangelista Mateus: “Assim, também, não é vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca.” Mateus18:14

          Mesmo que uma pessoa acabe passando despercebida aos olhos deste mundo, nunca o será diante de Deus, porque “Foi assim que Deus mostrou seu amor por nós: Ele mandou seu único filho (Jesus) ao mundo para que pudéssemos ter vida por meio dele.” 1 João 4:9. Assim, entregue a sua vida ao Senhor Jesus e viva como alguém único e muito especial para Deus, que é o que você é.

15 - Planos para o Ano Novo!

     
Encontramos nestes últimos dias do ano uma excelente oportunidade para fazer uma reflexão especial, sobre como Deus tem sido presente em nossas vidas. Também é hora de fazer planos para o novo período que se inicia, pois independentemente se o ano que se finda foi fácil ou difícil, as esperanças se renovam em Deus.

As opções estratégicas são muitas, porém um bom planejamento irá colocá-las em uma ordem de prioridade condizente com o sonho de cada um, determinando também quais as atitudes relevantes que possibilitarão a sua realização. O sucesso deste planejamento dependerá do estabelecimento de metas inteligentes, atingíveis e mensuráveis.

14 - Natal.

Na primeira parte da Bíblia conhecida como Antigo Testamento, há mais de trezentas profecias que se referem especificamente à vinda de Jesus Cristo, o filho de Deus, predizendo onde nasceria, como seria honrado, onde moraria na infância, como seria seu ministério, a finalidade de sua morte e ressurreição etc. E todas elas se cumpriram integralmente.

Na segunda parte chamada de Novo Testamento, encontramos os relatos, nos evangelhos, dos comprimentos destas profecias.

É isso que celebramos no Natal. Festejando, com gratidão, o nascimento de Jesus, o salvador de nossas almas, como enfatizou o profeta Isaías, cerca de 700 anos antes do nascimento de Cristo:

é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor”Lucas 2:11.

Interessante que o Apóstolo João, em seu evangelho, não utiliza os primeiros capítulos para narrar o nascimento ou infância de Jesus como é feito nos evangelhos de Mateus e Lucas. 

João inicia olhando para a eternidade, enfatizando que aquele homem, que ninguém dava nada por ele enquanto caminhava pela Judeia, era o mesmo que estava no princípio de todas as coisas, quando Deus criou o Universo.

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” João 1: 1,2,3, 14

Logo no primeiro versículo do seu evangelho, João traça um paralelo entre a primeira criação, que envolvia os Céus, a Terra, os homens e tudo mais, com a nova criação. Por isso, não é por acaso que o evangelho de João inicia com a mesma frase de Gênesis 1:1 - “No princípio”, pois a vinda de Jesus ao mundo marcou a história da nova criação:
“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” João 1:12,13


Assim, todos os relatos de João em seu evangelho, tais como: a introdução de seu livro, as descrições dos milagres, os ensinamentos, a descrição da morte, ressurreição e ascensão de Cristo, se resumem na declaração de que Jesus Cristo é Deus.
“Jesus, pois, operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.”
João 21:30,31

13 - O Fruto do Espírito.

A narrativa bíblica encontrada no evangelho segundo Lucas, capítulo 6:43, o Senhor Jesus ensina que não há árvore boa que dê mau fruto; nem tampouco árvore má que dê bom fruto, ilustrando assim a ligação entre os aspectos íntimos da personalidade e o modo como ela se revela nos atos do dia a dia.

Em síntese, nos ensina que o que fazemos revela quem realmente somos, e que esta essência do que somos se revelará no momento oportuno assim como o fruto revela a natureza da árvore. Portanto, para conhecer alguém, preste atenção às suas atitudes. A maioria das pessoas, quando surpreendidas em atos reprováveis, desculpam-se dizendo que a situação de provação foi tão repentina e inesperada que não deu tempo de se controlar ou se dominar.

C. S. Lewis (1898-1963) escreveu: “Por outro lado, a reação de uma pessoa quando é pega de surpresa não é a melhor evidência do tipo de pessoa que ela é? Se temos ratos na despensa, é mais provável você os apanhar se entrar de repente. Mas o repente não cria os ratos; apenas impedem que eles se escondam.”

É certo que os atos não surgem do nada. Eles revelam fielmente a essência de cada indivíduo, não somente isso, mas o Senhor Jesus nos ensina também, nesta passagem, que a mudança que necessitamos precisa ser de dentro para fora.

O teólogo contemporâneo, Dallas Willard, afirma: “Tentar meramente cumprir a lei não é muito diferente de tentar fazer uma macieira dar pêssegos amarrando pêssegos aos ramos.”

Há algo dentro de nós que precisa mudar, é o interior que precisa ser transformado, caso contrário, por mais virtudes que possamos “pendurar em nossa fachada”, elas por si só não serão capazes de alterar o que há por dentro.

Nossa tarefa então, consiste na entrega diária de nossas vidas ao Senhor Jesus Cristo para sermos transformados na pessoa que Ele quer que sejamos, no tipo de pessoa de quem naturalmente emanam as obras de Deus, conforme escreveu o Apóstolo Paulo, aos cristãos do primeiro século:


“O Fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, paciência, bondade, retidão, fidelidade, mansidão e domínio próprio.” Gálatas 5:23,23

12 - A ajuda do alto.

“Os que confiam no Senhor, são como monte Sião que não se abala, mas permanece para sempre.” Salmo 125:1

Em crescimento constante nas estantes das livrarias encontramos os livros de auto-ajuda. Gosto destes livros até o ponto e apenas quando, como um verdadeiro treinador técnico, nos levam a explorar ao máximo o nosso potencial.

A dificuldade da auto-ajuda reside no fato de que ela busca tirar forças da mesma fonte, ou seja, do nosso interior, porém quando estas forças se esgotam a derrota é certa. Neste aspecto, ela nos conduz a pensar da forma colocada por Brennan Manning, em seus escritos que diz: “Cremos que somos capazes de nos erguermos do chão puxando nossos próprios cadarços”. Precisamos de motivação, mas ela por si só não pode criar força onde estas já se esgotaram.

A Bíblia, por outro lado, não é um simples livro filosófico ou de auto-ajuda, é poder de Deus para todo aquele que crê, conforme os escritos do Apóstolo Paulo em Romanos 1:16, e a luz para iluminar o caminho como diz o Salmista no Salmo 119:105.

Portanto não se lê a Bíblia simplesmente para se sentir melhor e motivado, mas busca-se nela conhecer as promessas de Deus e o Deus das promessas.

Charles Haddson Spurgeon (1834-1892) escreveu que: “Suportamos a ansiedade neste mundo dez vezes mais do que precisamos porque não confiamos nas promessas de Deus a metade do que poderíamos.”

Pode haver outras fontes de consolo e motivação, mas elas não irão restaurá-lo. Somente em Deus há poder parar restaurar o corpo cansado, a alma aflita e o espírito abatido. Não importa se é verão ou inverno, Deus renovará aquele que o buscar.

“Deus faz forte o cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, mas os que esperam no Senhor renovarão as suas força, sobem com asas como águia, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.” Isaías 40: 29-31