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38 - O Doce e o Amargo, das palavras!


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Por volta do ano 45 da era cristã, Tiago, bispo da Igreja de Jerusalém, escrevendo sobre os aspectos práticos da conduta daqueles que servem a Deus, destaca a importância do bom uso das palavras enfatizando a dificuldade que cada pessoa enfrenta no domínio da sua própria língua.

Mediante alegorias constrói um pensamento retórico para destacar os efeitos destruidores do uso inoportuno das palavras, dizendo: “que é necessário apenas um pequeno fósforo para destruir uma grande floresta” Tiago 3:5b. As palavras podem ferir por meio de agressões verbais diretas (xingamentos), ironias, sarcasmos, fofocas, falsidades, maldições, mentiras, desprezos etc.

Por outro lado, seu bom uso pode ser fonte de vida, produzindo resultados notáveis e duradouros, conforme registra a poesia hebraica:“A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto.” Provérbios 18:21. As boas palavras encorajam, fortalecem, corrigem, incentivam e promovem o bem.

Em outra metáfora, Tiago, diz que quando proferimos, ao mesmo tempo e pela mesma boca: bênçãos e maldições, a benção não é real, pois a maldição a contamina. “Com ela (língua) bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.” Tiago 3:9. A mensagem é muito clara, pois assim como em um reservatório de água, a impureza é altamente contagiosa e contamina tudo com a qual entrar em contato.

No evangelho segundo Lucas, o Senhor Jesus nos fala da origem de nossas palavras: “O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração.” Lucas 6:45


Não se engane, pois a língua refletirá sempre o que está na mente e no coração, pois o que dizemos revela quem realmente somos. Por isso, para colher bons frutos das suas palavras é necessário, antes, conservar o coração puro, segundo o ensinamento do sábio: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida.” Provérbios 4:23

13 - O Fruto do Espírito.

A narrativa bíblica encontrada no evangelho segundo Lucas, capítulo 6:43, o Senhor Jesus ensina que não há árvore boa que dê mau fruto; nem tampouco árvore má que dê bom fruto, ilustrando assim a ligação entre os aspectos íntimos da personalidade e o modo como ela se revela nos atos do dia a dia.

Em síntese, nos ensina que o que fazemos revela quem realmente somos, e que esta essência do que somos se revelará no momento oportuno assim como o fruto revela a natureza da árvore. Portanto, para conhecer alguém, preste atenção às suas atitudes. A maioria das pessoas, quando surpreendidas em atos reprováveis, desculpam-se dizendo que a situação de provação foi tão repentina e inesperada que não deu tempo de se controlar ou se dominar.

C. S. Lewis (1898-1963) escreveu: “Por outro lado, a reação de uma pessoa quando é pega de surpresa não é a melhor evidência do tipo de pessoa que ela é? Se temos ratos na despensa, é mais provável você os apanhar se entrar de repente. Mas o repente não cria os ratos; apenas impedem que eles se escondam.”

É certo que os atos não surgem do nada. Eles revelam fielmente a essência de cada indivíduo, não somente isso, mas o Senhor Jesus nos ensina também, nesta passagem, que a mudança que necessitamos precisa ser de dentro para fora.

O teólogo contemporâneo, Dallas Willard, afirma: “Tentar meramente cumprir a lei não é muito diferente de tentar fazer uma macieira dar pêssegos amarrando pêssegos aos ramos.”

Há algo dentro de nós que precisa mudar, é o interior que precisa ser transformado, caso contrário, por mais virtudes que possamos “pendurar em nossa fachada”, elas por si só não serão capazes de alterar o que há por dentro.

Nossa tarefa então, consiste na entrega diária de nossas vidas ao Senhor Jesus Cristo para sermos transformados na pessoa que Ele quer que sejamos, no tipo de pessoa de quem naturalmente emanam as obras de Deus, conforme escreveu o Apóstolo Paulo, aos cristãos do primeiro século:


“O Fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, paciência, bondade, retidão, fidelidade, mansidão e domínio próprio.” Gálatas 5:23,23