34 - Vencendo o Medo


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Longe de aparecer na lista dos sentimentos mais nobres, o medo, segundo estudiosos do comportamento é a sensação psíquica mais presente na vida humana. Contudo, admitir o medo publicamente sempre foi motivo de desonra especialmente para culturas mais tradicionais.

Todavia o medo pode ser legítimo quando condizente com o nível potencial de perigo, pois assim como a dor, funciona como um alarme do organismo humano ligado à preservação da existência.

O medo é a reação que leva o corpo ao estado de alerta diante de um perigo iminente, e em seu sentido básico é essencial à sobrevivência, pois quem não tem medo de nada pode chegar muito rápido à extinção.

No entanto o medo irracional ligado ao perigo irreal ou o medo exagerado diante do perigo real conduz o indivíduo a adotar comportamentos além do necessário chegando a paralisar o andamento normal de vida, transformando-se nas conhecidas “fobias” do mundo moderno.

Para combater o medo irracional ou exagerado comece por uma análise adequada da situação, e depois enfrente, pois coragem não é ausência de medo, mas o passo seguinte que se dá confiando em Deus, como o ensinamento resumido pelo sábio e registrado na poesia hebraica: “Torre forte é o nome do SENHOR, à qual o justo se acolhe e está seguro.” Provérbios 18:10

Quem experimenta confiar no Senhor, não se deixa dominar pelo medo independentemente da situação. Por volta do ano 66 da era cristã, solitário em sua masmorra em Roma, enfrentando o frio e sabendo que sua morte estava muito próxima, o apóstolo Paulo escreveu em sua segunda carta, ao jovem Timóteo, seu “filho na fé”, a seguinte recomendação: “Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação.” 2 Timóteo 1:7

33 - Relacionamentos saudáveis

Os relacionamentos exercem um papel importante, sério e duradouro em nossas vidas proporcionando a satisfação das necessidades psicológicas de segurança e senso de valor pessoal. Somos seres essencialmente relacionais.

Neste aspecto, a família é o melhor ambiente para exercer este aprendizado sobre os relacionamentos saudáveis. Nos casais, cada um possui um anseio de relacionar-se profundamente com seu companheiro de vida, assim como os outros membros da família: pais, filhos e irmãos também carecem de ver estas necessidades, de segurança e senso de valor, supridas através dos relacionamentos.

Estudos revelam que, na vida, quem não experimenta a sensação de segurança e senso de valor não consegue confiar nas outras pessoas por desenvolverem barreiras excessivas de “auto-proteção” que dificultam, tremendamente, as iniciativas que constroem relacionamentos saudáveis.

A segurança nasce da percepção de sermos amados, aceitos e protegidos. Já o senso de valor vem da afeição, aprovação e admiração.

Quando os nossos relacionamentos estão centrados em decisões egoístas, os familiares se tornam as pessoas contra quem descarregamos nosso mau humor, a tensão do dia, a pressão do chefe, a frustração da vida, e consequentemente nossas casas transitam rapidamente do estado de porto seguro para um tribunal de inquisição, onde impera a dureza e impiedade.

Todavia, é fato que nenhum ser humano pode satisfazer completamente o outro, não pode dar-lhe segurança plena e nem senso de valor absoluto e definitivo. Somente Cristo é a fonte para suprir as nossas necessidades de segurança e senso de valor. Se o amor de Deus, demonstrado na Cruz do Calvário, não representar a sua segurança e senso de valor, nada mais o fará.

No entanto, fomos capacitados a suprir adequadamente uma parcela destas necessidades nas outras pessoas por meios dos relacionamentos saudáveis. Portanto, para fortalecer o senso de segurança e valor pessoal, é preciso sujeitar-se a Deus e abrir-se para os outros familiares, permitindo a edificação mútua. Lembrando sempre da advertência que o apóstolo Paulo deixou registrada em sua primeira carta a seu amigo Timóteo, pastor da Igreja de Éfeso, no ano 65 ad: “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel.” 1 Timóteo 5:8

32 - A presença de Deus

Nos momentos de angústia e aflição, quando o mundo cai sobre nossas cabeças e o chão parece desaparecer sob nossos pés, percebemos que o sofrimento revela e desnuda toda a nossa frágil condição humana, impotente diante de um mundo permeado por acidentes, crimes, injustiças, maldades, catástrofes naturais, doenças e até a morte.

Enquanto as pessoas nos direcionam um olhar curioso, que mesmo sem palavras, interroga: onde Deus pode ser encontrado numa situação assim? A nossa reação pode dividir-se em pelo menos duas vertentes: ou podemos questionar o amor e poder de Deus por não interferir no caos da situação, ou percebemos sua presença ao nosso lado para ajudar-nos a passar por aquele vale sombrio.

Questionar a Deus, além de não ser possível, Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens” 1 Coríntios 1:25, ainda impede a ação consoladora do Espírito Santo que nos leva à sua amável presença. Deus estende a sua mão em direção à humanidade especialmente nestes momentos difíceis (estarrecedores), mas alguns insistem em continuar agindo como aquela pessoa que está se afogando, mas quando enxerga a mão do salva-vidas, ao invés de agarrar-se firmemente, exclama indignado que antes de qualquer coisa quer uma explicação convincente do porque ele está se afogando. Eu prefiro aceitar a ajuda!

O caminho para superação da tragédia é deixar-se ser conduzido pelo Espírito Santo, enfrentando os obstáculos que a vida nos propõe com fé e coragem, pois Jesus está conosco, mesmo nos momentos de extrema dificuldade. E quando o inimigo de nossas almas lançar a dúvida: onde está Deus no leito de um hospital? Poderemos responder que Ele está bem ali, ao lado da cama, cuidando daquele enfermo, segurando a sua mão, afofando o seu travesseiro, conforme a experiência do salmista descrita na poesia hebraica: O SENHOR o assiste no leito da enfermidade; na doença, tu(Deus) lhe afofas a cama.” Salmo 41:3

Esta mensagem foi inspirada, de madrugada, na cadeira do hospital diante da minha mulher que teve sua gestação interrompida perto de completar o terceiro mês. Portanto, a dor descrita e a percepção do amor de Deus não se originaram de uma simulação mental, mas uma experiência real.


31 - A Escolha Vital

“E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho.” 1 João 5:11

Na maior parte do tempo, as pessoas focam sua existência somente nesta vida, preenchendo-a com projetos pessoais que giram em torno de algumas poucas áreas de interesse comum a todo ser humano, tais como: estudo, trabalho, relacionamento etc. Todavia, a idéia de continuidade da existência sempre foi um denominador comum na mente humana. As manifestações culturais de todos os povos, em todas as épocas, demonstram ainda a curiosa percepção de que passariam mais tempo mortos do que vivos. Os egípcios, por exemplo, abasteciam as tumbas com bens para suprir seus faraós na jornada após a morte, porém sabemos que todos estes tesouros foram roubados ao longo dos séculos.

Diante disso podemos tirar duas conclusões, a primeira é que as Escrituras Sagradas nos revelam que foi o próprio Deus quem colocou a idéia da eternidade na mente humana: “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim.” Eclesiastes 3:11, mas também nos adverte de que nada deste mundo conseguiremos levar para lá, conforme declara a poesia hebraica: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei;” Jó 1:21. No capítulo quatro de sua carta, Tiago ainda nos recorda que nossa jornada por aqui não é longa: “Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa.” Tiago 4:14

A vida não é somente aqui e agora, e a morte não é o fim. Há mais na vida do que o presente, ela continuará por toda a eternidade. Quando nos conscientizamos disso começamos a agir de outra forma, desafiados a reorganizar a nossa escala de valores e passar a viver à luz da perspectiva da existência eterna.

A questão vital, porém reside no fato de que o mundo nos oferece incontáveis formas e possibilidades para se viver, já a Eternidade propõe somente duas opções: viver com Deus (nos céus) ou separado dEle (no inferno). Todavia, a vontade de Deus é que todos entrem na vida eterna pelo caminho que é Cristo, como Ele mesmo afirma: “De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho(Jesus) e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. João 6:40.

30 - Andar pela Fé


Geralmente quando as coisas não acontecem da forma como esperávamos, ficamos desanimados, decepcionados e sentindo que Deus está distante ou que não se importa. O sentimento que surge quando uma expectativa é frustrada pelos acontecimentos, ao menos no momento, permitem que os fatos se tornem maiores que a esperança.

A Bíblia apresenta uma situação semelhante no capítulo vinte e quatro do evangelho segundo Lucas, quando dois discípulos de Jesus estavam a caminho de uma aldeia chamada Emaús. Eles seguiam tristes e comentando os fatos dos últimos dias: Cristo havia sido crucificado. Porém, algumas mulheres e certos discípulos garantiam que Ele lhes havia aparecido em corpo glorificado. Todavia, o pensamento que dominava ambos era a frustração pela morte de seu Mestre, pois esperavam um Messias político que libertasse Israel do Império Romano.

O foco estava tão preso a esta expectativa, que para eles havia se frustrado, que não perceberam que o homem que deles se aproximara era o próprio Filho de Deus, pois em sua visão limitada dos acontecimentos, aquela pessoa poderia ser qualquer um, menos Jesus. Os fatos lhes cegaram a visão da fé, fazendo com que se esquecessem das promessas, dos profetas, das experiências com o próprio Cristo e do testemunho dos apóstolos. Estavam caminhando com o próprio Senhor Jesus, mas não perceberam.

Reagiam somente às circunstâncias, limitados pelas possibilidades humanas, andando somente pelo que podiam ver, sem considerar a perspectiva espiritual, andavam por vista e não pela fé, porém o Mestre os desafia a pensar de outra forma: “E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras.” Lucas 24:27

Deus nos deixou suas promessas registradas nas Escrituras Sagradas e seu Espírito nos recorda as vitórias e livramentos, experimentados no passado, para fortalecer a nossa fé. Todavia, se na hora da adversidade, focarmos a visão somente nos fatos, estaremos seguindo apenas a emoção do momento, ignorando as possibilidades da fé. O apostolo Paulo já havia advertido os cristão da cidade de Corinto sobre o mesmo tema: Porque vivemos pela fé e não pelo que vemos.” 2 Coríntios 5:7

A coragem para o exercício da fé está relacionada ao passo seguinte, que damos após nos defrontarmos com as adversidades, e especialmente quando aprendemos a confiar mais em Deus e menos nos sentimentos humanos, então perceberemos que nunca estivemos sós. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia.”  2 Coríntios 4:16

29 - A PÁSCOA.


“E a páscoa, a festa dos judeus, estava próxima.” João 6:4

 A nossa fé é de origem judaico-cristã, expressão que compõe as duas fases do mesmo plano de Deus para a salvação da humanidade. 

        A celebração da páscoa foi instituída pelo próprio Deus, a mais de 3500 anos, em memória da libertação do povo de Israel dos 400 anos de escravidão no Egito. 

 “No mês primeiro, aos catorze do mês, pela tarde, é a páscoa do SENHOR.” Levítico 23:5 

      A palavra “PÁSCOA” vem do termo hebraico “PESSACH” (פסח) e significa “passagem” (passar por cima, passar sobre). E significa a passagem da morte para a vida.