24 – Os quatro Evangelhos

“Visto que muitos houve que empreenderam uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares e ministros da palavra.” Lucas 1:1,2

A segunda parte das Escrituras Sagradas, conhecida também como Novo Testamento, começa com uma seqüência de quatro livros chamados de “evangelhos”, expressão que significa “boas novas” referentes a Jesus, o Filho de Deus. Seus autores são, respectivamente, Mateus; Marcos; Lucas e João.

Mateus era um dos doze apóstolos; judeu de nascença e coletor de imposto por profissão, até ser chamado pelo Mestre ao discipulado. “E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na recebedoria um homem, chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu.” Mateus 9:9. Escrito por volta do ano 60AD, ou seja, 30 anos depois da morte de Cristo, sua narrativa está endereçada especialmente aos seus compatriotas que esperavam o Rei dos Judeus, por isso começa com a genealogia de Cristo, para destacar sua descendência de Davi, e depois se dedica a demonstrar o cumprimento em Jesus, de todas as profecias do Antigo Testamento sobre o Messias prometido.

Marcos não era um dos doze, mas foi companheiro de viagens do apóstolo Pedro (1 Pedro 5:13) e também do Apóstolo Paulo e de Barnabé, que lhes transmitiram as experiências pessoais com o Mestre. Escrito também por volta dos anos 60AD, apresenta Jesus como Servo, como um homem de atitude diante de Deus, porque seus escritos estavam dirigidos, especialmente, aos romanos que apreciavam um homem ativo e de poder, por isso dá ênfase mais aos milagres do que aos discursos, destacando, porém em cada milagre os ensinamentos fundamentais da manifestação do Reino de Deus. Neste livro, não há genealogia porque os romanos, ao contrário dos judeus, não esperavam um rei.

Lucas, médico por profissão, conheceu pessoalmente todos os discípulos do Senhor, dos quais, provavelmente, recebeu seu conhecimento acerca de Cristo. Era amigo do Apóstolo Paulo e também seu companheiro nas viagens, e além do terceiro evangelho escreveu o livro de “Atos dos Apóstolos”. Em sua narrativa, datada dos anos 60 AD, apresenta Jesus como o Homem de Nazaré, homem perfeito que foi obediente a Deus onde o primeiro homem, Adão, não o foi. Por isso a sua descrição genealógica de Cristo é estendida até Adão. Seus escritos estão endereçados especialmente aos gregos, e particularmente a um importante homem grego chamado Teófilo, a quem discipulava.

João era judeu de nascença, ex-pescador porque o Senhor Jesus o chamou ao discipulado. É também autor de mais quatro livros do Novo Testamento (As cartas de João e Apocalipse). Diferentemente dos outros três evangelistas, João escreveu por volta do ano 95AD, já no final de sua vida. Endereçado aos cristãos de todos os tempos, sua ênfase é dada ao retrato espiritual de Cristo, seu esforço é dirigido a apresentar Jesus não somente como o filho de Deus, mas a mensagem de que Cristo é Deus.

Portanto, em Mateus Jesus é apresentado como Rei (para os Judeus), em Marcos como Servo (para os romanos), em Lucas como Homem (para os gregos) e em João como Filho de Deus (para os cristãos). Estes autores apresentam ângulos diferentes da pessoa, vida e obra de Jesus, para juntos compor um fiel retrato do nosso único Senhor.

A “Boa Nova” é a possibilidade de retornar a Deus. Não são apenas palavras vazias ou filosofias religiosas, mas como enfatiza o Apóstolo Paulo: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego”. Romanos 1:16.

Este é o convite dos evangelhos: “viver em harmonia com Deus por meio de Jesus Cristo.” Como destacado pelo Apóstolo Paulo em sua carta aos cristãos de Roma:

“Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo;” Romanos 5:1

23 – Vivendo acima da média.

“Para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus.” Colossenses 1:10

Sem dúvida alguma, ninguém discorda de que as pessoas precisam, não somente cultivar valores morais, mas também viver as suas vidas conforme os princípios, ideais, para conduta humana. Porém, na hora da necessidade estas mesmas pessoas abandonam suas fronteiras éticas e agem de acordo com as circunstâncias. No entanto, continuam mantendo as aparências, empurrando as suas contradições interiores para “debaixo do tapete” da alma.

Conta-se que uma grande empresa resolveu, despretensiosamente, aplicar um teste nos seus funcionários. Antes do expediente, colocou um envelope em cada mesa daquela seção com um bilhete contendo a mesma mensagem: “Tudo foi descoberto!”. À medida que os funcionários chegavam e liam suas respectivas cartas, pensavam logo naquilo que fizeram de errado no dia anterior, na última semana e assim por diante. Acusados pelas próprias consciências pegaram suas coisas e fugiram. Antes das 9:00h daquela manhã não havia mais ninguém naquela seção. Assim também nossas atitudes serão reveladas “Porque não há coisa oculta que não haja de manifestar-se, nem escondida que não haja de saber-se e vir à luz.” Lucas 8:17. Quando isso acontecer, o que aparecerá?Uma indicação do que virá à tona quando nosso interior for revelado é a reação que se manifesta quando nosso interesse é contrariado, pois neste momento acabará transbordando a nossa verdadeira natureza, limpa de qualquer maquiagem socialmente aceitável.

Uma vida de comportamentos éticos verdadeiros e duráveis, resistentes a toda prova, somente será possível através da atuação do Espírito Santo de Deus mudando o nosso caráter. Já disseram que o coração tem uma porta, com chave, que só abre pelo lado de dentro. Então, a vida cristã começa por convidar o Senhor Jesus para entrar, pois ele mesmo disse:

“Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.” Apocalipse 3:20

22 – Ajude aos que necessitam!


       Conta-se que certo homem ao descer de seu carro percebeu a presença de uma mulher que mendigava sempre em frente ao prédio de sua companhia, incomodado com sua persistência diária perguntou-lhe: -Você não acha que Deus se esqueceu de você? A mulher, fitando os olhos daquele homem responde: - É certo que não! As pessoas que foram designadas para me ajudar, que se esqueceram de obedecer a Deus!

     Por volta do ano 95 AD o Apóstolo João, escrevendo da cidade de Éfeso aos cristãos do primeiro século adverte: “Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade.” 1 João 3:18. Esta colocação foi necessária para alertar aqueles que vivem uma vida egoísta, centralizada em si mesmos, para aqueles que não vêm os recursos que lhes cercam como formas de suprir as necessidades alheias.

     Ajudar os outros é mandamento a ser obedecido. Aqueles que vivenciam as manifestações do Reino de Deus em suas vidas suprem, com alegria, aos que necessitam e de nada têm falta. “O que dá ao pobre não terá falta; mas o que esconde os seus olhos terá muitas maldições” Provérbios 28:27. No capítulo quatorze do evangelho segundo Mateus, o Senhor Jesus, alimentou uma multidão com cinco pães e dois peixes, Ele multiplicou os recursos que lhe foram apresentados e ainda recolheram doze cestos com o que não foi consumido.

     Portanto, não desvie seus olhos e nem feche seu coração às necessidades alheias, ajude com o quê você possui, mesmo que pareça pouco aos seus olhos, Jesus multiplicará os recursos, saciará a necessidade e ainda recompensará este ato de obediência e fé.
“Quem vê com olhos bondosos será abençoado; porque dá do seu pão ao pobre.” Provérbios 22:9

“Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?” 1 João 3:17

21 - Pilares da Estratégia.

Leia: 2 Crônicas 17:1–19; 18:1-34 e 19:1 e 2

Você pode viver a vida de forma acidental, reagindo aleatoriamente a tudo que lhe acontece ou fazer a diferença planejando estratégias para lutar pelos seus sonhos. Um planejamento, mesmo mínimo, é essencial para atingir os objetivos. Fazer planos é saudável, mas há um cuidado primordial que devemos observar: “É preciso colocar Deus em nossos planos, alinhar o seu planejamento à vontade de Deus.”.

No segundo livro das Crônicas do Reis de Israel, encontramos a narrativa bíblica sobre o caráter de dois homens – dois Reis – e a história de uma batalha. Os protagonistas são os reis Josafá, que era temente a Deus, e Acabe que era idólatra e mal. A Bíblia relata que Josafá tinha uma vida tranqüila porque Deus era com ele de modo que até os povos inimigos lhe levavam presentes. Já o rei Acabe, ao contrário, estava com a cabeça posta a prêmio pelos seus inimigos, pois o Rei da Síria ordenara aos seus soldados que buscassem especificamente o Rei de Israel para matá-lo. Todavia, Josafá é persuadido por Acabe a guerrear contra o rei da Síria.

A Bíblia não fala exatamente os motivos que levaram Josafá a fazer aliança com Acabe, talvez o admirasse como um homem experimentado nas batalhas, grande estrategista, e sentiu-se atraído pela vida que ele levava. Então Acabe elabora um plano, uma estratégia perfeita! Sabendo que ele era o alvo propõe que ele se disfarçaria de soldado e marcharia em meio à multidão, enquanto Josafá iria de Rei, pomposo, protegido por carros e cavalos e ainda cercado pelos seguranças. Considerando que o inimigo procurava o rei para matá-lo, sua estratégia era perfeita! Josafá seria morto no lugar de Acabe.
Por outro lado, Josafá estava iludido pela sua própria vaidade em ocupar a posição de maior destaque na batalha. Tudo sairia como planejado, e quase deu certo. Porém, Acabe se esqueceu de Deus, não contava com a intervenção do SENHOR DOS EXÉRCITOS. A narrativa bíblica diz que Josafá quando se deu conta do que estava acontecendo, no momento em que estava sendo atacado pelos soldados Sírios, clamou a Deus e foi livre da morte. Mas a história não termina aí, diz a palavra de Deus que um homem atirou a esmo (ao acaso) e a flecha viajou pelo espaço até o meio da multidão e feriu o rei Acabe entre as juntas de sua armadura, pelo que morreu ao pôr-do-sol daquele mesmo dia.

Acabe se sentia garantido por sua estratégia, mas não há plano perfeito sem Deus; por mais seguro que possa parecer; sempre haverá brechas que o tornam mortalmente vulnerável. Sem Deus a melhor estratégia não é nada, com Deus até o nosso desespero pode reverter-se em vitória.
O bom planejamento se firma nos seguintes pilares estratégicos:

1 - Não faça alianças com o mal:
Josafá foi seduzido por algo que via e valorizava em Acabe e por isso ficou cego espiritualmente. Não se alie ao mal, nem por necessidade, nem por subestimar seu poder ou suas conseqüências.
2 - Examine suas motivações: Josafá caiu na armadilha de Acabe, por seus próprios atos caminhou para o “laço”, com seus próprios pés, e tudo isso porque em seu interior tomou decisões motivadas pela sua vaidade e suas emoções.
3 - Coloque Deus em seus Planos: Isso de imediato já elimina as coisas que prejudicam as outras pessoas. Acabe não podia apresentar um plano daqueles para o Senhor. Veja que se você não pode apresentar seu plano porque transgride a vontade de Deus, não poderá seguir em frente. A Bíblia já é um grande filtro de nossas intenções.
4 - Clame a Deus nas necessidades: Josafá já havia se aliado ao mal e tomado as decisões erradas, chegando a conseqüências que não podia suportar. Mesmo assim, clamou ao Senhor e foi livre da morte. Arrependa-se e confie em Deus na esperança que Ele o livre. Deus é misericordioso, Ele não deixou de disciplinar Josafá posteriormente, mas teve misericórdia no momento de sua extrema aflição.

“Compassivo é o Senhor, e justo; sim, misericordioso é o nosso Deus.” Salmo 116:5

20 - O Discípulo de Jesus.

"Então Jesus aproximando-se dos seus discípulos disse: Foi-me dada autoridade nos céus e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações” Mateus 28:18,19

Quando falamos em discípulos pensamos logo nos doze homens que acompanharam Jesus em seu ministério. Todavia, ser discípulo não foi somente privilégio para aqueles, mas um mandamento para todos os seus seguidores.

Discípulo é aquele que decide estar com alguém para aprender com esta pessoa a ser como ela, fazer as coisas como ela faz. O discípulo tem no seu mestre o modelo de vida e alvo a ser alcançado. E ser discípulo de Jesus não é algo automático, mas uma decisão possível somente àqueles que entregaram sua vida a Ele.

Quem busca os ensinamentos do Mestre nas Sagradas Escrituras, que reflete em seus ensinamentos, que pondera sempre como Ele agiria se estivesse em seu lugar, que o obedece como seu Senhor e Salvador, também é seu discípulo. “Jesus dizia pois aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos;” João 8:31

Na dinâmica da vida as pessoas aprendem a arte de viver com outras, na infância com os pais, depois com seus professores. Atualmente ajudar alguém a atingir uma meta desejada tornou-se profissão (“Coach”). Mas quando decidimos ser discípulos do Senhor Jesus Cristo? Quando decidimos que seríamos seus aprendizes, e que viveríamos em contínua interação com a sua graça? Que nos apresentaríamos todos os dias ao seu Espírito Santo para sermos transformados pelo seu poder? Para ser seu discípulo é necessário obedecer seus mandamentos: “E por que me chamais, ‘Senhor’, ‘Senhor’, e não fazeis o que eu digo?” Lucas 6:46

Ser discípulo é uma escolha, a mais sábia das decisões. O discípulo de Jesus anuncia o reino de Deus a todos os homens como Ele mesmo fez; manifesta o reino dos céus e o governo de Deus por onde passa e ainda ensina, como Cristo ensinou, consolidando o reino de Deus nos corações. Ensina com base nas experiências pessoais com o Mestre.
Decida viver a sua vida como o próprio Jesus viveria, e experimente a diferença de tornar-se seu discípulo.

18 - Um recado para Jesus.


“Mandaram, pois, as irmãs de Lázaro dizer a Jesus:

Senhor, está enfermo aquele a quem amas.” João 11:3

     Foi assim que começou a história da ressurreição de Lázaro, narrada no capítulo onze do evangelho segundo João. Marta e Maria ao verem seu irmão doente pensaram logo em pedir socorro enviando um recado para o Senhor Jesus. Devido à distância, quando o Mestre chega à casa deles encontrou Lázaro já sepultado há quatro dias. Diante deste cenário: “Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”. (João 11:25). 
E, respondendo ao chamado de Cristo, Lázaro saiu da sepultura...

     Episódio semelhante ocorre, agora na casa de um oficial romano, que ao ver seu servo doente, também envia um recado para o Senhor Jesus, com descrição no capítulo sete do evangelho segundo Lucas: “E o servo de um certo centurião, a quem muito estimava, estava doente, e moribundo. E, quando ouviu falar de Jesus, enviou-lhe uns anciãos dos judeus, rogando-lhe que viesse curar o seu servo.” Lucas 7:2,3. 
E, à ordem de Jesus o servo foi curado...

     Geralmente vivemos concentrados em nossos próprios problemas, mas basta um breve olhar ao redor para encontrarmos alguém necessitando da ajuda do Mestre. Pode ser um parente, amigo ou conhecido que esteja passando por dificuldades; doente; em sofrimento; angustiado; sem forças; deprimido; desanimado; triste; iludido etc.

      Interceder em oração é clamar a Jesus em favor de alguém que não seja capaz, naquele momento, de fazê-lo por si mesmo. Nas narrativas bíblicas apresentadas, os socorridos não conseguiam clamar por ajuda, mas alguém enxergou a necessidade deles e não somente isso, mas também viu o poder disponível na pessoa do Senhor Jesus. 

     Você conhece alguém que esteja precisando de ajuda?
     Faça como as irmãs de Lázaro ou como o Centurião romano, envie um recado para Jesus dizendo que a pessoa que você conhece e que Ele ama está precisando de ajuda. Clame a Jesus por ela, ore por esta pessoa entregando-a nas mãos do Pai. 
     Acerca disso escreveu Tiago, por volta do ano 45 da era Cristã: “orai uns pelos outros, para que sareis: a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” Tiago 5:16

       Lembrando que não há poder na pessoa que ora e nem tampouco na oração, em si mesma, o poder está no Deus que encontramos quando oramos.

19 - O Tempo de Deus.

Vivemos numa época em que tudo precisa ser rápido. Não há muito tempo para comer, se deslocar, até mesmo para conversar. Os resultados precisam ser instantâneos e as respostas prontas. Este modo de pensar e viver nos deixa impacientes e imediatistas, transferindo também esta expectativa para nosso relacionamento com Deus. Ao orarmos queremos respostas imediatas, queremos apertar os botões que liberam as bênçãos do Senhor, como um saque no caixa eletrônico.

      Todavia, precisamos aprender que o tempo de Deus não é o nosso tempo e seus pensamentos são mais elevados que os nossos, e sua visão vai muito além da nossa capacidade. No livro do profeta Isaías Deus esclarece ao povo dizendo: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o SENHOR.” Isaías 55:8. E assim, viver como Moisés em seu salmo orando ao Criador: "Ensina-nos a contar nossos dias e usar nosso pouco tempo para conseguirmos a Tua sabedoria" Salmos 90:12

      Os gregos antigos tinham duas palavras para tempo, Chronos (Χρόνος) e Kairós (καιρός). Enquanto Chronos refere-se ao tempo seqüencial, cronológico, que pode ser medido, Kairós refere-se a um momento indeterminado no tempo em que algo especial acontece. Chronos é o tempo humano percebido pela passagem dos anos, meses, dias, horas e suas subdivisões. Kairós, em teologia, é considerado o tempo de Deus, que não pode ser medido, conforme ressalta o apóstolo Pedro em sua segunda carta aos cristãos do primeiro século: “Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia.” 2 Pedro 3:8

        Por vezes persistimos em oração, por um período de tempo (um dia; uma semana; um ano), até recebermos uma resposta de Deus. Para nós passou o “Chronos”, mas para Deus o “Kairós”, era o momento certo para acontecer.


      Se você está orando por algo e acha que está demorando, lembre-se que Deus está no controle, e no momento certo te responderá. Até lá, espere com fé e paciência, como fez o Salmista em sua aflição: “Esperei com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor.” Salmo 40:1

17 - Vencendo a insatisfação.

     
      Nos dias atuais a semente da insatisfação é lançada diariamente no campo fértil do coração das pessoas, levando-as a pensar que a felicidade está, dentre outras coisas, no tamanho da casa, no estilo do carro, na grife da roupa, nos títulos acadêmicos, no status pessoal etc. Todavia, para aqueles que trilham por este caminho, a felicidade faz para si asas alçando vôo para lugares cada vez mais altos. A estratégia mais utilizada, pelo inimigo de nossas almas, é a de semear a insatisfação com o que se tem; com o que se é; com os relacionamentos e com a vida. Quem vive insatisfeito deixa de aproveitar o momento e aquilo que está disponível hoje para o seu deleite e satisfação.

     Charles Haddon Spurgeon (1834-1892) escreveu: "Não é quanto temos, mas o quanto nos deleitamos que produz felicidade”.

    O afastamento de Deus conduz o ser humano a uma perigosa inversão de valores onde o “ter” ficou mais importante que o “ser”. “Então, Jesus lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer ganância; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui.” Lucas 12:15

16 - Gente comum?!

          
         Com o passar do tempo nos acostumamos a ver as pessoas caminhando pelas ruas, tristes ou felizes; tanto faz. Paradas em filas;  em restaurantes ou até pedindo esmolas; puxando carrinhos cheios de papelão; enfiando a mão em lixeiras à procura de latas; em lojas, padarias, feiras e até caídas nas calçadas, e não lhes damos a devida atenção porque tudo passou a ser comum, porém, o escritor irlandês C. S. Lewis (1898-1963) escreveu: " Não existe gente comum. Você jamais se dirigiu a um simples mortal. As Nações, culturas, artes, civilizações são todas mortais. Mas são imortais aqueles com quem brincamos, trabalhamos, casamos, exploramos e para quem empinamos o nariz...”

         Conta-se a história de um pintor de quadros, que ao caminhar pelos becos pediu a um mendigo que lhe servisse de modelo para um de seus quadros. Após posar para a tela, o homem foi convidado a visitar o atelier para ver a obra acabada. Passado uma semana foi até a oficina do artista, que lhe mostrou uma tela ostentando a figura de um homem de barba feita, cabelos cortados, roupas novas e limpas, enfim alguém de excelente aparência. Transtornado, o mendigo perguntou onde estava o retrato que fizera dele, porém o pintor disse que era aquele quadro mesmo, pois era assim que ele o via, como alguém que tem valor como pessoa.

          Da mesma forma Deus quando olha para o ser humano não se detém em sua aparência, classe social, raça, inteligência, cultura ou naquilo que a pessoa pode ou não fazer, pois Ele não se impressiona e nem se surpreende, simplesmente ama. Deus vê cada pessoa como algo único e precioso. “...porque Deus não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém Deus olha para o coração. ”1 Samuel 17:7b

           Todos são igualmente preciosos para Deus! Experimente olhar para as pessoas por esta nova perspectiva...

         O Senhor Jesus ainda reconhecendo a imortalidade de cada alma não quer perder nenhuma, como bem esclarece no desfecho da parábola da ovelha perdida, narrada pelo evangelista Mateus: “Assim, também, não é vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca.” Mateus18:14

          Mesmo que uma pessoa acabe passando despercebida aos olhos deste mundo, nunca o será diante de Deus, porque “Foi assim que Deus mostrou seu amor por nós: Ele mandou seu único filho (Jesus) ao mundo para que pudéssemos ter vida por meio dele.” 1 João 4:9. Assim, entregue a sua vida ao Senhor Jesus e viva como alguém único e muito especial para Deus, que é o que você é.

15 - Planos para o Ano Novo!

     
Encontramos nestes últimos dias do ano uma excelente oportunidade para fazer uma reflexão especial, sobre como Deus tem sido presente em nossas vidas. Também é hora de fazer planos para o novo período que se inicia, pois independentemente se o ano que se finda foi fácil ou difícil, as esperanças se renovam em Deus.

As opções estratégicas são muitas, porém um bom planejamento irá colocá-las em uma ordem de prioridade condizente com o sonho de cada um, determinando também quais as atitudes relevantes que possibilitarão a sua realização. O sucesso deste planejamento dependerá do estabelecimento de metas inteligentes, atingíveis e mensuráveis.

14 - Natal.

Na primeira parte da Bíblia conhecida como Antigo Testamento, há mais de trezentas profecias que se referem especificamente à vinda de Jesus Cristo, o filho de Deus, predizendo onde nasceria, como seria honrado, onde moraria na infância, como seria seu ministério, a finalidade de sua morte e ressurreição etc. E todas elas se cumpriram integralmente.

Na segunda parte chamada de Novo Testamento, encontramos os relatos, nos evangelhos, dos comprimentos destas profecias.

É isso que celebramos no Natal. Festejando, com gratidão, o nascimento de Jesus, o salvador de nossas almas, como enfatizou o profeta Isaías, cerca de 700 anos antes do nascimento de Cristo:

é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor”Lucas 2:11.

Interessante que o Apóstolo João, em seu evangelho, não utiliza os primeiros capítulos para narrar o nascimento ou infância de Jesus como é feito nos evangelhos de Mateus e Lucas. 

João inicia olhando para a eternidade, enfatizando que aquele homem, que ninguém dava nada por ele enquanto caminhava pela Judeia, era o mesmo que estava no princípio de todas as coisas, quando Deus criou o Universo.

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” João 1: 1,2,3, 14

Logo no primeiro versículo do seu evangelho, João traça um paralelo entre a primeira criação, que envolvia os Céus, a Terra, os homens e tudo mais, com a nova criação. Por isso, não é por acaso que o evangelho de João inicia com a mesma frase de Gênesis 1:1 - “No princípio”, pois a vinda de Jesus ao mundo marcou a história da nova criação:
“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” João 1:12,13


Assim, todos os relatos de João em seu evangelho, tais como: a introdução de seu livro, as descrições dos milagres, os ensinamentos, a descrição da morte, ressurreição e ascensão de Cristo, se resumem na declaração de que Jesus Cristo é Deus.
“Jesus, pois, operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.”
João 21:30,31

13 - O Fruto do Espírito.

A narrativa bíblica encontrada no evangelho segundo Lucas, capítulo 6:43, o Senhor Jesus ensina que não há árvore boa que dê mau fruto; nem tampouco árvore má que dê bom fruto, ilustrando assim a ligação entre os aspectos íntimos da personalidade e o modo como ela se revela nos atos do dia a dia.

Em síntese, nos ensina que o que fazemos revela quem realmente somos, e que esta essência do que somos se revelará no momento oportuno assim como o fruto revela a natureza da árvore. Portanto, para conhecer alguém, preste atenção às suas atitudes. A maioria das pessoas, quando surpreendidas em atos reprováveis, desculpam-se dizendo que a situação de provação foi tão repentina e inesperada que não deu tempo de se controlar ou se dominar.

C. S. Lewis (1898-1963) escreveu: “Por outro lado, a reação de uma pessoa quando é pega de surpresa não é a melhor evidência do tipo de pessoa que ela é? Se temos ratos na despensa, é mais provável você os apanhar se entrar de repente. Mas o repente não cria os ratos; apenas impedem que eles se escondam.”

É certo que os atos não surgem do nada. Eles revelam fielmente a essência de cada indivíduo, não somente isso, mas o Senhor Jesus nos ensina também, nesta passagem, que a mudança que necessitamos precisa ser de dentro para fora.

O teólogo contemporâneo, Dallas Willard, afirma: “Tentar meramente cumprir a lei não é muito diferente de tentar fazer uma macieira dar pêssegos amarrando pêssegos aos ramos.”

Há algo dentro de nós que precisa mudar, é o interior que precisa ser transformado, caso contrário, por mais virtudes que possamos “pendurar em nossa fachada”, elas por si só não serão capazes de alterar o que há por dentro.

Nossa tarefa então, consiste na entrega diária de nossas vidas ao Senhor Jesus Cristo para sermos transformados na pessoa que Ele quer que sejamos, no tipo de pessoa de quem naturalmente emanam as obras de Deus, conforme escreveu o Apóstolo Paulo, aos cristãos do primeiro século:


“O Fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, paciência, bondade, retidão, fidelidade, mansidão e domínio próprio.” Gálatas 5:23,23

12 - A ajuda do alto.

“Os que confiam no Senhor, são como monte Sião que não se abala, mas permanece para sempre.” Salmo 125:1

Em crescimento constante nas estantes das livrarias encontramos os livros de auto-ajuda. Gosto destes livros até o ponto e apenas quando, como um verdadeiro treinador técnico, nos levam a explorar ao máximo o nosso potencial.

A dificuldade da auto-ajuda reside no fato de que ela busca tirar forças da mesma fonte, ou seja, do nosso interior, porém quando estas forças se esgotam a derrota é certa. Neste aspecto, ela nos conduz a pensar da forma colocada por Brennan Manning, em seus escritos que diz: “Cremos que somos capazes de nos erguermos do chão puxando nossos próprios cadarços”. Precisamos de motivação, mas ela por si só não pode criar força onde estas já se esgotaram.

A Bíblia, por outro lado, não é um simples livro filosófico ou de auto-ajuda, é poder de Deus para todo aquele que crê, conforme os escritos do Apóstolo Paulo em Romanos 1:16, e a luz para iluminar o caminho como diz o Salmista no Salmo 119:105.

Portanto não se lê a Bíblia simplesmente para se sentir melhor e motivado, mas busca-se nela conhecer as promessas de Deus e o Deus das promessas.

Charles Haddson Spurgeon (1834-1892) escreveu que: “Suportamos a ansiedade neste mundo dez vezes mais do que precisamos porque não confiamos nas promessas de Deus a metade do que poderíamos.”

Pode haver outras fontes de consolo e motivação, mas elas não irão restaurá-lo. Somente em Deus há poder parar restaurar o corpo cansado, a alma aflita e o espírito abatido. Não importa se é verão ou inverno, Deus renovará aquele que o buscar.

“Deus faz forte o cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, mas os que esperam no Senhor renovarão as suas força, sobem com asas como águia, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.” Isaías 40: 29-31

11 - A tempestade de cada um.

      Acredito que todo mundo já passou por alguma situação extremamente difícil, para a qual não havia se preparado. O problema chegou sem que se esperasse, surpreendendo pela intensidade, tamanho e gravidade, ou seja, tudo ia bem e de repente a tempestade se forma e agita a vida como um pequeno barco surrado por violentas ondas.

     A Bíblia narra uma situação semelhante, no livro de Marcos no capítulo 4:35-41, onde o Senhor Jesus e seus discípulos resolvem atravessar o Mar da Galiléia, que é do tamanho de um lago, sereno e tranqüilo, mas que recebe ventos que o torna traiçoeiro e inseguro.

     Ao cair da noite entraram nas embarcações e iniciaram a travessia, quando de repente levantou-se um forte vendaval, formando uma terrível tempestade, e as ondas se lançavam contra o barco de forma que este foi se enchendo de água. Jesus, porém estava na popa dormindo com a cabeça sobre um travesseiro.

     A bíblia não relata com detalhes, mas os discípulos, homens experimentados no mar, já deviam ter tentado de tudo para reagir àquela tempestade. E, achando que o Senhor Jesus deveria ao menos participar daquele momento de aflição, o acordaram dizendo: Mestre não te importa que morramos? O tom da pergunta demonstra que, provavelmente, eles já estavam cansados de tentar sozinhos, confiados em suas próprias habilidades, ao ponto de pensar que Jesus não se importava com a situação. Todavia, quando pediram ajuda ao Mestre receberam o que precisavam, pois a narrativa bíblica diz que à ordem de Jesus “o vento se aquietou e fez-se grande bonança.”

     O mesmo acontece conosco, pois ha dias em nossas vidas que começam calmos e de repente nos encontramos em meio a uma grande tormenta; assustados, tentamos reagir por nossas próprias forças, recursos e habilidades, porém a nossa primeira atitude deveria ser a busca de ajuda em Jesus.

     Os discípulos estavam em meio a uma tempestade, todavia, naquele momento, estavam no lugar mais seguro do mundo, ou seja, ao lado do Senhor Jesus.

     Portanto, quando a tempestade se levantar, repentinamente, não tenha medo! Lembre-se que o Senhor Jesus está com você, “no mesmo barco”, ele se importa com seus problemas. Clame imediatamente por socorro e Ele te ajudará.

“Porque fostes (Deus) a fortaleza do necessitado na angústia, refúgio contra a tempestade...” Isaías 25:4

Disse Jesus:“No mundo tereis aflições, mas tendes bom ânimo, eu venci o mundo.”
João 16:33

10 - Controlando as emoções.

“O homem paciente vale mais que um general que venceu muitas batalhas porque é muito mais difícil controlar suas próprias emoções do que conquistar uma cidade.” Provérbios 16:32 (BV)

     Controlar as emoções, na prática, é muito difícil para a maioria das as pessoas, porém somente quando dominamos nossas emoções é nos tornamos mais aptos para tomar decisões apropriadas para cada situação.

    Geralmente as pessoas seguem o padrão de um destes dois instrumentos: o termômetro e o termostato (sensor que fica nos aparelhos de ar-condicionado e geladeiras ). Agem como o “termômetro”, as que apenas registram a temperatura do ambiente, e assim sobem e descem como um ioiô, reagindo de acordo com tudo que lhes acontecem. Do outro lado, as que agem como o “termostato”, além de registrar (fazer a leitura) também regulam a temperatura do ambiente.

     As pessoas “termostato” sentem os problemas, mas não se afetam ao ponto de perder o domínio de si mesmas, e ainda contribuem para estabilizar o ambiente. Todavia, acredito que só haverá reações do tipo “termostato”, verdadeiras e duradouras, para aqueles que sujeitam a sua natureza à Deus.

    Charles Spurgeon (1834-1892) escreveu: “Se você sujeitar-se à divina obra do Senhor Jesus, Ele mudará sua natureza, dominará a velha natureza e soprará um novo fôlego de vida em você.”

    A divina obra de Cristo é aquela predita, à quase 2.600 anos, pelo Profeta Ezequiel:
“E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu espírito e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos e os observeis.” Ezequiel 36:26,27

     Entregue a sua vida ao Senhor Jesus e ele controlará o seu coração, transformará sua vida fazendo de você uma pessoa forte e saudável, emocional e espiritualmente.

9 - Deus está a uma oração distância!

       A narrativa bíblica encontrada no evangelho escrito por Mateus (14: 28 a 30) descreve a cena de Pedro, apóstolo do Senhor Jesus, andando sobre as águas conforme ordenado pelo Mestre, porém quando sua fé vacilou, seu corpo começou afundar, então ele “clamou dizendo: Senhor, Salva-me!”

       Não foi apenas uma interjeição de pavor do tipo: “Ai meu Deus, estou afundando!”. O apóstolo enxergou sua necessidade e, de forma objetiva, dirigiu a sua oração ao Senhor Jesus.

       Foi uma oração de três palavras (Senhor, Salva-me!), mas dirigida à pessoa certa e por isso atingiu seu propósito. Charles Haddon Spurgeon (1834-1892) escreveu que: “Orações curtas são longas o bastante.”

8 - Plantados no Jardim de Deus.

Salmo 1: 1-6
O livro de Salmos fala da vida: da sua vida. E no seu primeiro capítulo descreve as características do indivíduo que segue a Deus.

Primeiro ele é identificado pelo que não faz, mesmo em um mundo crítico que tenta ridicularizar aqueles que, em ato de obediência, se abstêm de práticas contrárias à vontade de Deus. Assim, sua maior preocupação não é receber aprovação das pessoas, mas agradar a Deus.

Depois ele é identificado pelo que faz, pois tem consciência de que há muito mais a fazer do que simplesmente abster-se dos itens da lista do “não pode”. Ele busca conhecer a Deus, se dedica a ler a palavra de Deus e meditar em seus ensinos.

Como conseqüência destas atitudes, torna-se uma pessoa estável, comparado a uma árvore plantada perto do rio cujas folhas não murcham, porque na hora das incertezas, das dificuldades, das “secas da vida”, suas raízes estão firmes em Deus, e ele vai buscar apoio e proteção na profundidade de seu relacionamento com o Senhor.

Porque não dá tempo de criar ou aprofundar raízes na hora da seca, a raiz já tem que estar lá...

Ele vai buscar as suas provisões na fonte mais profunda do poder de Deus, enxergando além da superfície, além das dificuldades e possibilidades humanas, por isso no tempo apropriado sempre dá seus frutos independente das circunstâncias.

Os que vivem desligados de Deus não são assim, pois vivem sem direção e sem segurança, e por isso são como a palha que o vento espalha.

A bíblia nos ensina que uma vida frutífera é possível para quem firma suas raízes, em todo tempo, pela obediência e pela busca da presença do Criador.

“Plantados na casa do Senhor florescerão nos jardins do nosso Deus.” Salmo 92:13

7 - Pequenos, mas sábios!

“Há quatro coisas na terra que são muito pequenas, porém são mais sábias que os sábios: as formigas, povo sem força, todavia no verão preparam a sua comida; os coelhos, povo não poderoso, contudo fazem a sua casa nas rochas; os gafanhotos, não têm rei, contudo marcham em bando; e o pequeno lagarto, que se apanha com as mãos, contudo está nos palácios do rei.” Provérbios 30:24-28

A bíblia enfatiza o proceder destes quatro animais, que encontram na fragilidade e pequenez as suas características comuns, contudo ganham destaque pela sabedoria no seu modo de viver.

As formigas têm visão de futuro e fazem provisões, ou seja, juntam para tempos difíceis. Há pessoas que já ganharam muito, mas agora estão em dificuldades, porém não se aperceberam que a fartura foi a provisão antecipada que Deus enviou para minimizar o desconforto nos tempos das dificuldades. Por isso, não gaste tudo que ganha, é necessário ser Providente.

Os coelhos reconhecem a sua fraqueza e procuram uma proteção superior às suas forças, compensando desta forma, a sua vulnerabilidade intrínseca. A bíblia diz que Jesus é a rocha da nossa salvação. Sábio é aquele que, em todo tempo, busca abrigo em Jesus Cristo.

Os gafanhotos se articulam como comunidade organizada, mas individualmente cada um faz a sua parte sem necessidade de ordem ou comando, conduzem a sua vida rumo ao objetivo. E com disciplina exemplar fazem o que tem que ser feito.

O pequeno lagarto (lagartixa) que podemos pegar com as mãos, porém é ousado e destemido. Assim, também nós, reconhecidamente pequenos não devemos pensar: “isso não é para mim”, mas confiar na bondade e na misericórdia de Deus. Coragem e ousadia são as marcas daqueles que depositam a sua fé em Cristo Jesus.

Portanto, são atitudes sábias: a providência, que aumenta o conforto; a dependência de Deus, que produz a paz; a disciplina, que leva ao sucesso; e a fé em Cristo Jesus, que conduz à possibilidades além das nossas próprias forças.

6 - Quem é meu próximo?!

Ao ensinar que a prática da vida cristã poderia ser resumida no seguinte pensamento: “Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento; e amarás o teu próximo como a ti mesmo” Lucas 10:25 a 34, um certo homem perguntou ao Senhor Jesus: E, QUEM É MEU PRÓXIMO?

Por certo, o homem intentava colocá-lo à prova, porém Jesus lhe respondeu contando uma história que ficou conhecida como a parábola do “Bom Samaritano”, narrada pelo Evangelista Lucas, no texto bíblico logo em sequencia.

Esta passagem conta a história de três homens que no desenrolar de seu cotidiano, passaram por uma pessoa ferida à beira da estrada, porém apenas um deles usou de misericórdia para com o necessitado.

Para o mesmo questionamento hoje, tendemos a classificar os mendigos, doentes, pobres, desvalidos e pessoas afins como os únicos necessitados à beira do caminho que serão objeto de nosso auxílio. Todavia, há um ensinamento mais profundo nesta parábola que nos leva a uma consciência madura sobre quem seja nosso próximo.

Em meio à narrativa o Senhor Jesus não se limita a listar para aquele homem quem seriam seus próximos, mas substitui a questão por uma consciência mais abrangente, ou seja, de que o nosso próximo é quem for encontrado ferido pelo caminho, no dia a dia.

Assim, todos os dias quando acordamos ainda não sabemos quem será o nosso próximo naquele dia, ou seja, quem aparecerá ferido ao longo do nosso cotidiano precisando de ajuda, carecendo de um sorriso, de atenção, de uma palavra amiga, de encorajamento, de apoio, de um almoço, de uma roupa, de alguém que lhe enxugue as lágrimas, de uma orientação, de um abraço, de companhia, de cura para a sua ferida etc.

Não esquecendo que aqueles que já estão ligados à nossa vida pelos laços do parentesco e da amizade representam, de imediato, o nosso próximo, ou seja, aqueles a quem Deus já colocou em nosso caminho confiando-os aos nossos cuidados.

O teólogo contemporâneo, Dallas Willard, afirma que “Fazemos de alguém nosso próximo quando cuidamos dele”.


Devemos então ficar atentos às necessidades daqueles que nos rodeiam e dos que eventualmente Deus colocar no meio do nosso caminho no decorrer do dia, pois este será nosso próximo.

5 - Fazendo o que dá certo!

I Crônicas 14: 8 - 17
“As pessoas fazem o que dá certo”, a profundidade desta expressão está em que as pessoas geralmente reproduzem as ações que as levaram ao resultado favorável, ou a alguma compensação.
Todavia, repetir o que deu certo não é garantia de sucesso futuro, lembrando ainda que nem tudo que dá certo é certo.
Neste aspecto, as vitórias, muitas vezes, acabam se tornando grandes inimigas do sucesso para aqueles que não sabem explicar porque chegaram naquele resultado favorável.
A Bíblia conta a história do Rei Davi, no primeiro livro das Crônicas do reis de Israel, capítulo 14 de 8 a 17, narrando que quando ele se viu cercado pelos inimigos, buscou a orientação de Deus como primeira medida, seguiu então os planos do Senhor que o conduziu à vitória. Mais tarde, o mesmo inimigo fez nova investida contra o reino. Todavia, o Rei Davi não enxergou as estratégias militares, da última vitória, como o fator decisivo do sucesso, mas em sua visão, mais ampla, reconheceu a dependência de Deus, então novamente buscou ao Senhor e recebeu nova vitória.
Quando alcançamos êxito em algumas atitudes estratégicas diante dos problemas da vida tendemos a reproduzi-las em novas oportunidades. Contudo, o desafio é a busca de Deus em toda situação, como primeira medida e principal estratégia e não a reprodução, mecânica, do que já deu certo anteriormente. Aprenda com o Rei Davi a não dar um passo sem Deus.
“Podemos muito bem fazer planos para o nosso futuro, mas o resultado final é o Senhor Deus que produz.” Provérbios 16:1 (BV)
Portanto, o que dá certo é esperar em Deus, pois assim Ele irá adiante de nós.
“Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com os ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera”.
Isaías 64:4

4 - As Virtudes da Infância.


A cena descrita no início do capítulo 18 do Evangelho segundo Mateus é uma típica conversa envolvendo os pensamentos, interesses e valores do mundo dos adultos. Neste episódio os discípulos discutiam entre si para saber quem era o maior no reino dos céus.

3 - Descansando em Deus.

          Quantas vezes você já se comparou com aquele malabarista de circo, que equilibra vários pratos girando na ponta de varetas? Nos dias atuais creio que em muitas ocasiões. Como conseqüência destas pressões o corpo não relaxa, o sono foge à noite, o coração não bate em paz...

       No entanto somos compelidos, pelas exigências de alguns, mas principalmente pelo nosso próprio desejo de auto realização a manter todos estes “pratos” girando. Não somente isso, mas ainda nos comportamos como na história “daquele Galo que achava que o Sol só nascia porque ele cantava de madrugada, até o dia em que “perdeu a hora”. Acordou tarde, desesperado, porém não menos surpreso com o fato do Sol já estar lá.”
          Na verdade agimos desta forma. E, iludidos pensamos que se pararmos o mundo ao nosso redor também vai parar...
       
        Descansar em Deus é um desafio, para tanto é preciso entregar a Ele toda nossa vida, sonhos, planos, preocupações e ansiedades. Pedro, apóstolo do senhor Jesus, escrevendo às margens do rio Eufrates aos cristãos do primeiro século (ano 65 a.d.) adverte que não se deve tentar carregar, sozinho, os fardos da vida: “lançando sobre Ele (Jesus) toda a vossa ansiedade porque ele tem cuidado de vós.”I Pedro 5:7
         
         Na mesma época, o Apóstolo Paulo, escreve de Roma aos Cristãos que se encontravam na cidade de Filipos (importante colônia e centro militar romano), a mesma exortação: “Não andeis ansiosos de coisa alguma, em tudo, porém sejam conhecidas diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com o coração agradecido. E a paz de Deus, que excede a todo entendimento guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.” Filipenses 4: 6,7

       Como resultado: “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma das vossas necessidades.” Filipenses 4:19 Entregue toda a sua vida para Jesus, descanse e confie nEle, então experimentará as bênçãos das provisões de Deus que estarão disponíveis para você enquanto você descansa.

2 - A água que afunda o barco.

         Em nosso dia a dia, quer estejamos conscientes disso ou não, enchemos a nossa mente com coisas boas ou más, que uma vez dentro de nós influenciarão as nossas ações, que por consequência nos aproximarão ou nos afastarão de Deus.

A nossa atitude exterior é fruto daquilo que está dentro de nós. Por isso, Salomão faz este destaque: “Sobre tudo que se deve guardar guarda teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.” Provérbios 4:23

              “Conta-se que um barqueiro, experimentado, levava um executivo em um passeio marítimo quando foram surpreendidos por uma tempestade, as ondas chegavam a quase quatro metros de altura agitando o barco de um lado para o outro. O barco vai afundar! Exclamou o executivo clamando por alguma atitude do marinheiro. Este que vinha em sua direção compensando “no joelho” os desníveis do barco reponde com uma calma intrigante: “Não se preocupe! Toda esta água lá fora não tem poder para  afundar o barco, a única água capaz de afundar o barco é a que conseguir entrar nele.”

           Assim concluímos que para o barco não afundar é preciso duas atitudes vitais: a primeira é impedir que água entre e a segunda é jogar fora a água que entrou. Esta é uma grande verdade e por isso vemos que uma das funções dos marinheiros de qualquer embarcação é lançar fora a água que entra.

              O mesmo se aplica à nossa vida espiritual. Rodeados pelo “mar agitado” dos valores do mundo somos continuamente “bombardeados” com toda sorte de situações que nos afastam de Deus, nos enchem com pecados que nos levariam a afundar.

              Portanto, devemos guardar nossos corações e mentes impedindo que os pecados se instalem em nossas vidas. Portanto, 
tome muito cuidado com o que está assistindo na televisão, o que está lendo, o que está vendo na internet, o que está ouvindo e ganhando sua atenção...

Mantenha a água fora do seu barco, ou seja, mantenha o pecado longe da sua vida.

           A segunda atitude vital é jogar fora a água que entrou, ou seja, não conviva com o pecado. O apóstolo João escrevendo aos cristãos do primeiro século (ano 96 a.d.) nos lembra que o pecado está em nós: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.” I João 1:8

          Mas na seqüência o mesmo Apóstolo apresenta a solução que é: “Se confessarmos nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” I João 1:9

           Ele está dizendo para não perdemos um minuto convivendo com o pecado, mas imediatamente nos livrarmos dele através do perdão do Senhor Jesus, que ainda nos purifica da injustiça.

           Se deixarmos o pecado lá em nosso interior, virão outros e outros até nem percebermos mais a sua presença maligna e ficarmos cada vez mais próximos de um naufrágio espiritual.

           Assim o desafio é: não deixa a “água do pecado” entrar no “barco da sua vida”, e quando isto acontecer jogue fora, imediatamente, buscando o perdão do Senhor Jesus. Examine-se pelo menos uma vez ao dia, à noite antes de dormir e peça perdão dos seus pecados.


1 - Perseverando em oração.

Você já não teve a sensação de que algumas de suas orações não estão sendo ouvidas ou respondidas? Você deseja tanto algo, mas não está acontecendo ou não aconteceu?!
Leia: Mateus 7: 7 - 11
D. L. Moody (1837-1889) contou certa história: “em uma aula de Escola Dominical, um garoto, com semblante sério, perguntou à sua professora: “Por que há tantas orações sem resposta?” Não consigo entender. A bíblia diz que se pedirmos nós receberemos, se buscarmos, encontraremos, se batermos, abrir-se-nos-á; mas isso parece que não funcionou para mim, pois tenho batido bem forte e nada se abriu.
A professora então respondeu para ele: “você nunca se sentou no sofá de sua sala para descansar em uma noite escura e ouviu alguém batendo em sua porta? Apreensivo você corre para atender a batida, e não deu tempo de olhar antes de abrir; lá fora você não vê nada por causa da escuridão, mas ouve os passos fortes de uma corrida de algum menino que bateu à porta, mas não queria entrar... É assim conosco também: Nós pedimos bênçãos, mas realmente não as queremos; Nós batemos, mas não pretendemos entrar; Nós tememos que Jesus não nos ouvirá; Tememos que Jesus não cumprirá suas promessas; Tememos que Ele não nos aceitará...